
Todo ano, acontece em Maringá (PR) a Expoingá, evento que traz novas tecnologias da agroindústria, entretenimento e gastronomia rurais. E a oficina Caminhos do Campo contou com nossos professores Cristiano (geógrafo) e Éder (historiador) para cumprir sua saída de campo rumo a 43ª edição desse grande evento de destaque no cenário econômico rural paranaense.
A todo vapor, além dos professores, e da extraordinária Jussara, os alunos estavam prontos para embarcar no micro-ônibus sem banheiro e tomada (devido ao número de passageiros). Durante a viagem, enquanto as meninas estavam ansiosas à espera de uma parada em busca de um toalete, e alguns alunos desesperados atrás de alguma forma de se obter eletricidade para carregar a bateria de seus dispositivos portáteis, o geógrafo Cristiano comentava as mudanças paisagísticas do espaço geográfico, urbano e rural. Já Éder, como um belo esquerdista, criticava os donos dos grandes latifúndios monocultores e seus sistemas corruptores de influência na política brasileira. Horas se passaram, e o motorista se perde em meio a imensidão territorial... palpites se alteram sobre o ocorrido: alguns culpam a empresa do ônibus por não possuir um GPS, um ou outro culpam o indivíduo simpático que dirigia o veículo, já o que resta para completar os 100% dos indivíduos que palpitaram, dizem que foi a má sinalização da estrada. Mas no fim, felizmente chegamos em tempo ao local destinado.

Já na Expoingá, a ansiedade da maioria dos alunos era para o show de Henrique e Diego com participação do MC Guimê... mas antes deveriam cumprir com a aula de campo. Fomos recebidos com uma "aulinha" de um senhor bem humorado sobre o sistema de plantio direto. Seguindo em frente nos deparamos com uma porca gigante e seus filhotes, e ao lado, havia um quiosque de espetinho de carne suína... a feira possuía diversos ramos de consumo, desde as grandes máquinas agrícolas e bois geneticamente alterados que valiam fortunas até as geleias exóticas da vovó do campo e jaquetas de couro verdadeiro, fora as lojas de camisetas personalizadas de bandas de rock e animes (não me pergunte porque tinha isso numa feira da agroindústria). Vale destacar os "bois geneticamente alterados que valiam fortunas" citados no período anterior, consultando um entendido da área no local, um dos bovinos que havia lá era um escravo animal reprodutor de dinheiro, e cada dose de esperma do bicho valia 100 mil reais, isso porque seus herdeiros seriam bois com uma carne de extrema qualidade no mercado, e de grandeza fora do normal, pois sua genética é alterada pela ciência graças a tecnologia pensando no lucro incentivada pelo capitalismo (bom pra alguns, ruim para muitos).
A noite, os alunos interessados e a extraordinária Jussara foram acompanhar as canções poéticas da dupla sertaneja e do funkeiro ostentação representante das classes baixas (para refletir).